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Brasil prorroga por 30 dias restrição à entrada de estrangeiros no país

O país registrou 474 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas

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O governo brasileiro decidiu prorrogar por 30 dias a restrição à entrada de estrangeiros por aeroportos e portos do país, seguindo recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), devido à pandemia de coronavírus, conforme portarias interministeriais publicadas no Diário Oficial da União.

O fechamento das fronteiras para todas as nacionalidades havia sido determinado inicialmente no final de março pelo governo brasileiro, que também fechou as fronteiras terrestres com os países vizinhos para tenta conter a disseminação da Covid-19.

A restrição de entrada decorre de recomendação técnica da Anvisa motivada pelos riscos de contaminação e disseminação do novo coronavírus.

O desembarque será excepcionalmente autorizado caso seja necessária assistência médica ou para conexão de retorno aéreo ao país de origem. Segundo as medidas, a restrição não impede a continuidade do transporte e do desembarque de cargas, sem que haja desembarque de tripulantes.

A medida não se aplica, por exemplo, em casos de brasileiro nato ou naturalizado; imigrante com residência de caráter definitivo no território brasileiro; profissional estrangeiro em missão a serviço de organismo internacional; e funcionário estrangeiro acreditado junto ao governo brasileiro.

Mais 474 mortes em um dia
O Brasil registrou 474 mortes pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um novo recorde diário, e ultrapassou a marca de 5 mil óbitos no total em decorrência de Covid-19, informou o Ministério da Saúde nesta terça-feira.

Ao todo, o país tem 5.017 mortes relacionadas à doença provocada pelo novo coronavírus, ante 4.543 até o dia anterior. O Brasil agora superou a China –epicentro inicial da pandemia de Covid-19– em número de mortes divulgadas oficialmente. O país asiático tem 4.633 mortes confirmadas, de acordo com números oficias.

Nesta terça-feira o Brasil também registrou 5.385 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas –o segundo maior aumento diário desde o início do surto no país-, elevando o total para 71.886 casos.

A taxa de letalidade por Covid-19 está em 7%, de acordo com o ministério.

O país tem ainda 34.325 casos de coronavírus em acompanhamento, ou 48% do total. Outros 32.544 casos são tratados como recuperados, o que representa 45%. Ainda há 1.156 mortes sob investigação, segundo o ministério.

Até a semana passada, o Brasil havia registrado mais de 3 mil novos casos diários apenas em duas ocasiões. Nos últimos dias, porém, o patamar foi facilmente superado, com o menor dos avanços no período sendo de 3.379 casos, no dia 26.

A contagem de óbitos segue curso semelhante. Desde a última quarta-feira, quando bateu o recorde anterior de mortes em 24 horas, com 407, o país registrou mais de 300 mortes diárias todos os dias com exceção de domingo, quando foram relatados 189 óbitos.

Esses saltos tanto no registro de mortes quanto de infectados ocorrem no momento em que governadores e prefeitos têm dado sinais de adotar medidas de relaxamento de distanciamento social.

O presidente Jair Bolsonaro tem sido um dos principais defensores de retomar o quanto antes a atividade econômica, a despeito do avanço do novo coronavírus. Alega de modo geral que o desemprego pode ter maior impacto do que o combate ao Covid-19.

São Paulo continua sendo o Estado mais afetado pela doença no Brasil, com 24.041 casos –avanço de 2.345 em relação à véspera– e 2.049 mortes, sendo 224 óbitos nas últimas 24 horas, segundo o ministério.

Rio de Janeiro vem em seguida com 8.504 casos e 738 mortes no período. O Ceará está logo em seguida com número de casos, com 6.918, e é o quarto em mortes, 403. Pernambuco tem um registro menor de casos, 5.724, mas teve mais óbitos, 508.
Fonte: Alternativa com Reuters

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